Data: 25-10-2011
Criterio:
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie de ampla distribuição, com EOO de 1.019.192 km², nas regiões Nordeste e Sudeste, em Caatinga e Mata Atlântica.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Maranta cristata Nees & Mart.;
Família: Marantaceae
Sinônimos:
No estudo de Meira-Neto; Martins (2003), a espécie apresentou um índice de Densidade Absulota igual a 200,0 (n/ha) e Valor de Importância (VI) igual a 0,52 sendo que a espécie com maior VI apresentou um valor de 32,82 e as com menor VI apresentaram 0,26. Os mesmo autores identificaram dois indivíduos da espécie em uma área amostral de 100 m², sendo que o total da área de estudo (Mata da Silvicultura em Viçosa) é 17 ha (Meira-Neto et al., 2005).
A espécie ocorre na Caatinga e na Mata Atlântica nos Estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Braga, 2011).
Entre as espécies de Marantaceae, o sucesso reprodutivo está associado à participação de polinizadores eficientes no desencadeamento do mecanismo de disparo do estilete, bem como com a precisa transferência dos grãos de pólen para o corpo do polinizador. Essa associação entre eficiência de polinizadores e precisa deposição dos grãos de pólen é de extrema importância para a reprodução das espécies dessa família, uma vez que o mecanismo do estilete, após ser desencadeado, não volta mais para sua posição inicial (Leite; Machado, 2007).
1.6 Change in native species dynamics (directly impacting habitat
Severidade
very high
Detalhes
54% das espécies de Marantaceae nativas de Pernambuco se encontram representadas em menos de duas localidades e apenas três espécies, Monotagma plurispicatum K.Schum., Stromanthe porteana Gris e S. tonckat (Aubl.) Eichler estão representadas em mais de 10 localidades. Isso sugere que as espécies de Marantaceae podem estar restritas a populações mínimas, o que aliado ao avançado grau de fragmentação da Floresta Atlântica Nordestina, as torna extremamente vulneráveis a extinção local (Ranta et al. 1998; Primack; Rodrigues, 2001 apud Leite; Oliveira, 2007).
1.2.1.3 Sub-national level
Observações: "Vulnerável" (VU), segundo a Lista do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
4.4 Protected areas
Observações: Meira Neto; Martins (2003) identificaram a ocorrência da espécie em estudo fitossociológico do estrato herbáceo-arbustivo realizado na Mata da Silvicultura (fragmento florestal de 17 ha resultante de regeneração natural). Esta área foi adquirida pela Universidade Federal de Viçosa em 1936 e, desde então, encontra-se protegida de cortes e extração de madeira (Mariscal-Flores 1993 apud Meira Neto; Martins, 2003), o que tem garantido a manutenção do adiantado estágio sucessional, que conta atualmente com mais de 60 anos.
5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: A espécie pode ser encontrada no Horto Botânico da Universidade Federal de Viçosa (de Paula et al., 2004).
- LEITE, M. S.; OLIVEIRA, J. B. A Família Marantaceae nos Herbários do Estado de Pernambuco: Distribuição e Conservação. Revista Brasileira de Biociências, v. 5, n. 2, p. 789-791, 2007.
- MEIRA NETO, J. A. A., MARTINS, F. R. Estrutura do Sub-bosque Herbáceo-arbustivo da Mata da Silvicultura, uma Floresta Estacional Semidecidual no Município de Viçosa-MG. Árvore, v. 27, n. 4, p. 459-471, 2003.
- MEIRA NETO, J. A. A.; MARTINS, F. R.; SOUZA, A. L. Influência da Cobertura e do Solo na Composição Florística do Sub-bosque em uma Floresta Estacional Semidecidual em Viçosa, MG, Brasil. Acta Botânica Brasílica, v. 19, n. 3, p. 473-486, 2005.
- OLIVEIRA JUNIOR, J. B.; LEITE, M. S. A Ordem Zingiberales nos Herbários do Estado de Pernambuco. Revista Brasileira de Biociências, v. 5, n. 2, p. 810-812, 2007.
- LEITE, A. V.; MACHADO, I. C. Fenologia Reprodutiva, Biologia Floral e Polinizadores de Duas Espécies Simpátricas de Marantaceae em um Fragmento de Floresta Atlântica, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, n. 2, p. 221-231, 2007.
- BRAGA, J. M. A.STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. S., ET AL. Marantaceae. 2009. 516 p.
- KÖHLER, M.; SCHMIDT, M.; LAAR, M. Roof Gardens in Brazil. , 2003.
- PAULA, C. C.; OLIVEIRA, D. A. S.; PADRON, P. Composição Florística das Espécies Herbáceas Perenes do Horto Botânico da UFV. Revista Ceres, v. 50, n. 297, p. 649-653, 2004.
- SIMONELLI, M.; FRAGA, C.N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo, IPEMA, Vitória, ES, 2007.
CNCFlora. Maranta bicolor in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Maranta bicolor
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 25/10/2011 - 15:20:48